A Polícia Civil identificou e prendeu dois suspeitos de matar o menino Guilherme Vitorino da Silva, de 10 anos, baleado por engano enquanto brincava em uma rua em Santa Helena de Goiás, no sudoeste do estado, em 24 de outubro do ano passado. Segundo as investigações, os homens queriam matar um traficante rival e acabaram acertando a criança.
Guilherme foi baleado nas proximidades da casa em que vivia com a família. De acordo com testemunhas, dois homens chegaram em uma motocicleta e efetuaram vários disparos. O delegado Thiago Latorre, responsável pelo caso, diz que os criminosos mataram o menino por engano. “O alvo seria um rival no tráfico de drogas e eles já estavam tentando se matar por algum tempo”, destacou.
A vítima foi internada no Hospital de Urgências da Região Sudoeste (Hurso) com quadro de tetraplegia, pois a bala atingiu o pescoço e afetou a medula óssea. Aos poucos, Guilherme passou a responder bem ao tratamento e, após uma cirurgia, recuperou os movimentos corporais da cintura para cima, passando para o estado de paraplegia. No entanto, no dia 19 de novembro de 2013, ele sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.
Segundo a polícia, um dos suspeitos tem 20 anos e é apontado como o mandante do crime. O rapaz foi preso há três meses suspeito de tráfico de drogas e também passou a ser investigado pelo homicídio. O irmão dele, que era menor na época do crime, e agora tem 18 anos, foi o autor do disparo que matou Guilherme. Ele foi preso na terça-feira (30).
Um terceiro envolvido, que pilotava a motocicleta, também foi identificado e colaborou com o esclarecimento do crime. Por isso, ele responde em liberdade e, por enquanto, a polícia não pretende pedir a prisão dele.
A mãe de Guilherme, Roziane Ferreira da Silva, diz que se sente aliviada com a prisão dos suspeitos e que espera que os responsáveis sejam punidos.
“Eu tenho certeza de que meu filho, onde quer que ele estiver, também está se sentindo aliviado. Eu jurei pra ele que iria até o fim para colocar na os culpados na cadeia, pois ele era inocente”, disse.
Fonte: G1 Goiás