A Polícia Civil prendeu, no dia 23 de setembro, um porteiro de 37 anos suspeito de aplicar golpes em casas de câmbio de Goiânia. De acordo com as investigações, ele falsificava comprovantes de depósito bancários para conseguir retirar o dinheiro dos locais. Um taxista também foi detido para averiguação por estar dando apoio ao estelionatário, mas foi liberado após prestar depoimento. O prejuízo causado pode chegar a R$ 160 mil.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Eli José de Oliveira, o homem aplicou golpe em três casas de câmbio, sempre com o mesmo modo de agir. Na última sexta-feira (20), o suspeito ligou para um estabelecimento no Setor Oeste e disse que gostaria de comprar 10 mil dólares e que depositaria o dinheiro correspondente em reais – R$ 24,7 mil – na conta bancária da empresa.
No entanto, o homem depositava envelopes vazios, falsificava o comprovante de pagamento e ia até a casa de câmbio para retirar o dinheiro. Na segunda-feira (22), o ele foi até o local, apresentou o falso documento a uma funcionária e recebeu o dinheiro. Após realizada a transação, o dono percebeu o golpe e acionou a polícia.
No mesmo dia, o suspeito ligou novamente para o mesmo estabelecimento dizendo que gostaria de realizar uma nova transação, comprando 15 mil dólares e 17 mil euros, o que daria um valor total aproximado de R$ 91 mil.
Ao receber a nova ligação, o empresário acionou a polícia, que armou um flagrante para prender o estelionatário. Nesta terça-feira (23), antes de ir buscar o dinheiro, o porteiro entrou em um táxi e foi até a casa de câmbio. Para evitar suspeitas, ele entregou um falso comprovante bancário para o taxista e pediu para que o homem buscasse o valor.
Ao tentar realizar a transação, o motorista foi preso em flagrante. Ao ser questionado sobre o crime, o taxista disse que o dono do dinheiro estava esperando no veículo. O porteiro foi preso em flagrante ainda dentro do carro.
O advogado de defesa do suspeito disse que seu cliente foi contratado por um amigo para realizar a compra das moedas estrangeiras e que receberia R$ 500 pelo trabalho. Ele afirma também que o porteiro não sabia que o documento bancário era falsificado.
Agora, a polícia investiga se o taxista tem alguma ligação com o crime ou se realmente foi usado pelo estelionatário. Os donos das casas de câmbio vítimas do golpe já reconheceram o porteiro como sendo o autor dos crimes.
De acordo com o delegado, o homem é suspeito de fazer parte de uma quadrilha que tem outros dois integrantes e que estão foragidos. O grupo seria comandado por um preso de dentro de um presídio em Cuiabá (MT). O suspeito foi indiciado por estelionato e formação de quadrilha. Se condenado, ele pode ficar de dois a oito anos preso.
Fonte: G1
Foto: Sílvio Túlio/G1