A polícia prendeu na noite desta terça-feira (16/9) o homem suspeito de ter matado um pastor por conta de um assento de um ônibus que ia de Goiânia até Brasília. Para cometer o crime, Guilherme Augusto Rodrigues, de 23 anos, residente em Anápolis, utilizou uma espada, que carregava junto com três facas.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, Guilherme é um ex-fuzileiro naval. Ele estava sentado na poltrona reservada para Alessandro Veloso Pires, de 40 anos, que viajava com os filhos de 12 e cinco anos para acompanhar o desfile do filho mais velho em Brasília, nas celebrações da Independência. Segundo testemunhas, o pastor pediu pelo assento e não houve discussão. No entanto, quando chegaram à rodoviária, Guilherme atacou a vítima.
Durante o ataque, Alessandro chegou a perder um olho e parte da massa encefálica. Um dos passageiros pegou o menino de cinco anos, que estava no colo do pai, e o retirou do ônibus para que não fosse atingido. O pastor foi encaminhado ao Hospital de Base e permaneceu internado em estado grave até o sábado (13), quando faleceu.
Mesmo com a brutalidade da situação, o delegado-chefe da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), Moisés Martins, responsável pelo caso, afirma que não foi fácil identificar o suspeito. As câmeras do ônibus não funcionavam e Guilherme saiu caminhando pela rodoviária como se nada tivesse ocorrido.
O assassino confesso chegou a ser preso na quinta-feira, dia 10, portando as mesmas facas e espada que carregava no ônibus e foi liberado logo em seguida. No entanto, os objetos foram periciados e foi constatada a presença de restos biológicos em um deles. Ao voltar à delegacia para buscar as armas, havia um mandado de busca expedido contra ele.
O delegado relata que o suspeito afirma que cometeu o crime porque a vítima o teria tratado de forma debochada depois que reivindicou o assento. Ele teria se incomodado com as brincadeiras entre o pastor e os filhos, que foram vistas como soberba pelo suspeito. “Todos os passageiros negam qualquer coisa do tipo”, disse o delegado. Ele ressalta que em nenhum momento o assassino confesso se mostrou arrependido do crime.
Guilherme vai responder por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e sem chance de defesa da vítima, que estava dormindo. A pena máxima é de 30 anos de prisão.
Fonte: Jornal Opção