Trinta e um anos depois de executarem a tiros um homem dentro da enfermaria de um hospital em Rio Verde, na Região Sudoeste do Estado, quatro policiais militares foram condenados na terça-feira pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado. Com a prisão decretada desde 1999, eles chegaram a ficar presos no presídio militar, mas estão foragidos há 15 anos.
No dia 1º de março de 1983, Osmar Gouveia da Silva foi internado no centro de terapia intensiva (CTI) do Hospital Evangélico de Rio Verde depois de ter sido baleado em uma briga de bar com o policial Eurípedes Alves Vieira, que estava em seu dia de folga. Os policiais militares Alcides da Silva Sobrinho, Sebastião Dias de Assis, Cézara Zizuino Ormonde e José Divino Gonçalves invadiram as dependências da unidade hospitalar e executaram a vítima, que estava sedada.
Alcides foi o autor dos disparos, mas os jurados entenderam que os outros policiais também contribuíram para o crime. Um deles era o responsável pela segurança do hospital na data do crime. A demora no julgamento se deve, entre outros motivos, a uma mudança no processo penal ocorrida em 2008, que passou a permitir o julgamento de acusados ausentes. As penas aplicadas foram de 21 anos em regime inicialmente fechado.
Fonte: O Popular