O motoboy Felipe Donatil Correia dos Santos, de 22 anos, foi preso com mil comprimidos de ecstasy trazidos do Paraguai na semana passada. Ele é suspeito de vender cada comprimido a R$ 50 em festas e em boates frequentadas por jovens de classe média alta em Goiânia e imediações. Ele foi preso na casa dele, no Residencial Tempo Novo, em Goiânia, por equipes da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc).
Em depoimento ao delegado Odair José Soares, titular da Denarc, Felipe disse que estava muito difícil viver com o salário de R$ 700 mensais que recebia quando era motoboy e que queria ter uma vida melhor, espelhando-se na vida de amigos que frequentam baladas na capital. “Minha mãe me alertou para não fazer nada errado, mas é difícil viver com um salário de R$ 700”, disse.
Ele comprou os comprimidos no Paraguai, escondia os sacos com a droga dentro da cueca e embarcava em ônibus de turismo para Goiânia. O rapaz disse também que vendia ecstasy porque é uma droga que não acaba com a família. “O crack a pessoa deixa de comer para usar. O ecstasy não. Só compra quem tem dinheiro. Não faz tão mal assim”, diz.
O delegado Odair José explica que o ecstasy é tão perigoso quanto qualquer outra droga, agindo no sistema nervoso central.
Fonte: O Popular