Acusado de executar o radialista Valério Luiz, em julho de 2012, o açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier, de 29 anos, se entregou à Polícia Federal de Portugal. Apesar de responder o processo em liberdade, o réu teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) no final de março, após descumprir medida judicial que o obrigava a se apresentar mensalmente ao juiz.
A última vez que Marcus Vinícius compareceu em juízo foi no dia 30 de setembro do ano passado. Depois disso, ele viajou com a família para o país europeu, onde estava morando. Por não estar no Brasil, a Justiça de Goiás solicitou auxílio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) para encontrar o acusado.
Na época em que a prisão foi decretada, fotos postadas em redes sociais mostram o açougueiro passeando por pontos turísticos. O juiz afirmou que ele levava "uma vida faustosa, com muito brilho e sem qualquer pudor em demonstrar seu momento de glamour".
Crime
O cronista esportivo Valério Luiz foi assassinado no dia 5 de julho de 2012, quando saía da rádio em que trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. O inquérito policial sobre o caso foi entregue ao Poder Judiciário pelos delegados Adriana Ribeiro e Murilo Polatti, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, em 26 de fevereiro de 2013.
Foram quase oito meses de investigação. O documento aponta que as críticas que a vítima fazia ao Atlético-GO, principalmente as direcionadas ao então vice-presidente do clube, o cartorário Maurício Sampaio, motivaram o assassinato.
Cerca de um mês depois, no dia 27 de março, o Tribunal de Justiça de Goiás recebeu a denúncia do Ministério Público de Goiás. Como no inquérito, cinco pessoas foram indiciadas.
O ex-dirigente do Atlético-GO é considerado mandante do crime. Ele nega. A denúncia aponta também que o comerciante Urbano de Carvalho Malta contratou o cabo Ademá Figueiredo para matar o cronista. Ainda segundo o documento, Marcus Vinícius participou do planejamento do crime e Djalma da Silva foi indiciado por atrapalhar as investigações da polícia.
Fonte: G1 Goias