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06/08/2014 - Recompensa

A família da assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte, de 26 anos, anunciou ontem à noite a recompensa de R$ 10 mil para quem tiver qualquer informação que leve ao homem que a matou, no dia 14 de março, em uma lanchonete no Setor Bela Vista, em Goiânia. Ana Maria estava com o namorado e uma amiga quando um homem chegou em uma moto, foi até a mesa em que os três estavam, deu voz de assalto e atirou na assessora sem levar nada. Até hoje a polícia não apresentou uma solução para o caso.

A agente da Polícia Civil Lívia Victor Duarte e Jesus Fiori, de 34 anos, irmã de Ana Maria, analisou informações em outros quatro assassinatos de mulheres em Goiânia neste ano, todos em circunstâncias similares ao da irmã, e alerta para a possibilidade de haver um assassino em série matando mulheres na capital.

Lívia relacionou com a morte da irmã coincidências nas mortes de outras mulheres na capital. A primeira seria a de Beatriz Cristina Oliveira Moura, de 23, no Setor Nova Suíça, no dia 19 de janeiro, seguido de Lilian Sissi Mesquita e Silva, de 28 anos, na Cidade Jardim, no dia 3 de fevereiro, Janaína Nicácio de Souza, de 25, no Jardim América e de Bruna Gleycielle de Sousa Gonçalves, de 27, ambas assassinadas no dia 8 de maio no Jardim América. Desde a morte de Ana Lídia de Souza, de 14 anos, nas mesmas condições, na Cidade Jardim, no sábado, ela acredita que a irmã pode ter sido vítima de um serial killer.

“Todas foram mortas por um homem usando capacete, em moto preta, em setores próximos, que anuncia assalto e usa revólver. Foge sem levar nada. Passei a relação para o delegado e ele ficou de investigar”, disse. Até então, segundo ela, a Polícia Civil se debruçava em três linhas de investigação: a da existência de um assassino em série seria a mais remota, a de latrocínio (roubo seguido de morte) e de homicídio relacionado ao pai da vítima, o ex-delegado e ex-promotor de Justiça Uigvan Pereira Duarte.

Lívia conta que ela e a mãe vivem à base de tranquilizantes desde o dia do crime e que pretende conversar com o assassino da irmã para entender o motivo do crime. “Fico tão angustiada que saio de casa e vou a lugares conversar com gente desconhecida. Mostro a foto da minha irmã e falo o quanto ela era íntegra e honesta. É uma frustração muito grande em sendo policial, não conseguir esclarecer o assassinato da minha irmã, que era minha companheira, minha amiga, a melhor irmã que alguém pode ter”, relata.

A morte de Ana Maria foi a segunda tragédia que a família de Lívia viveu. No dia 10 de novembro de 2012, o primo dela Luciano Victor de Paula foi assassinado na casa de um amigo, no Setor Santa Fé. “Estávamos começando a nos reerguer da primeira tragédia”, disse. Quando foi morta, Ana Maria estava indignada pelo fato da mãe e da irmã terem sido assaltadas há poucos dias. Ela e o namorado também haviam sido assaltados recentemente e quando o homem pediu os celulares, ela disse que não tinha. Foi morta com um tiro no peito. “Acabaram com a minha vida, com a vida dos meus pais, dos meus filhos, da nossa família com uma bala só”, disse.

Sobre a recompensa, Livia explicou em seu perfil no Facebook que as informações sobre o suspeito podem ser dadas no disque-denúncia da Polícia Civil (197) ou pessoalmente na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DEH) que a identidade será mantida sob sigilo. “O pagamento da recompensa por denúncia é uma forma de estímulo e amplia a importância do canal de colaboração entre a sociedade e a polícia. Após a prisão do verdadeiro criminoso, o valor será imediatamente repassado ao informante”, informou a família pela rede social.

Fonte O Popular