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22/07/2014 - Ipasgo

Usuários do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) sem vínculo direto com o Estado, como ex-servidores, agregados e conveniados de prefeituras terão seus planos reajustados em 9,95% a partir de agosto. Também serão reajustados os planos dos servidores que recolhem pelo teto do plano. Usuários que já tiveram reajuste este ano e que contribuem por um porcentual sobre vencimentos não terão valor do plano de titulares e dependentes alterados.

O presidente do Ipasgo, Francisco Taveira Neto, diz que a proposta de reajuste em 9,95% foi apresentada, apreciada e aprovada durante reunião do Conselho Deliberativo do instituto, sob a justificativa de ser, este, um mecanismo necessário “para manter a qualidade dos serviços oferecidos”. Atualmente, cerca de 600 mil usuários se beneficiam com a assistência à saúde da rede credenciada. O reajuste vai atingir cerca de 45% desta clientela.

Atualmente o Ipasgo arrecada cerca de R$ 80 milhões por mês, dos quais R$ 74 milhões são gastos com as despesas com a rede credenciada que atende aos usuários. O resto seria para despesa administrativa, fundo de caixa e investimento. O reajuste representa acréscimo de 4% na arrecadação.

O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Goiás (Sindipúblico) protocolou ontem representação junto ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) questionando o reajuste. O Sindipúblico pede ao órgão que solicite ao Instituto os demonstrativos de cálculos que justificaram o reajuste em questão, bem como o resultado da consultoria para estudo atuarial do sistema, realizado por empresa terceirizada. “O aumento imposto pelo Ipasgo surpreende o servidor, haja vista que o Instituto tem divulgado com frequência quitação de dívidas e sua saúde financeira”, destaca o presidente do Sindipúblico, Thiago Vilar.

Último reajuste foi em novembro de 2012

O presidente do Ipasgo, Francisco Taveira Neto, afirmou ontem que o valor do reajuste é uma média do que o servidor teve de reajuste salarial com as necessidades de investimento do instituto, considerando que a última alteração no teto da tabela do Ipasgo foi em novembro de 2012 e que de lá para cá a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANSS) já autorizou dois reajustes - um em 2013 de 9,12% e outro neste ano de 7,02%.

O presidente do Sindipúblico, Tiago Vilar, discorda do valor. “Para o sindicato, o reajuste onera o servidor público, cuja renda sofre constante desvalorização devido aos parcelamentos de suas reposições anuais, garantidas constitucionalmente”, disse Vilar. Fonte: O Popular