Goiânia, Segunda-feira, 4 de novembro de 2024
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24/08/2018 - O que dizem os Candidatos?

Com a ampliação do efetivo como ponto quase unânime apontado pelos candidatos ao governo de Goiás para melhorar a distribuição dos policiais nos municípios, os postulantes indicam que irão realizar novos concursos públicos para a Segurança Pública.

Além disso, as propostas para aumentar o número de policiais militares nas ruas das cidades preveem acabar com os desvios de função e redirecionar os PMs que estão em cargos administrativos e à disposição de outros Poderes para atividades ostensivas, com críticas à atual gestão do efetivo feita pelo governo de Goiás.

Entretanto, enquanto a maioria dos candidatos propõe fortalecimento da Polícia Militar, com maior estrutura, capacitação e melhores armamentos, os postulantes de PSOL e PCB, partidos de esquerda, defendem a desmilitarização da polícia.

Alessandro Aquino - PCO

Primeiramente precisamos entender que nós não estamos vivendo um processo de eleição normal, estamos passando por um processo de golpe. Nós do PCO achamos que tem que se resolver as questões políticas desse País. Se não se resolver, não adianta se discutir Segurança, Educação, Saúde, nada de uma plataforma normal. Entre os absurdos, as pessoas acham que a solução está em apenas se investir quantidades de dinheiro, recursos em quantidade de armamento. Mas não, nós temos que ampliar a discussão de Segurança Pública, porque vejamos a intervenção federal que está tendo no Rio de Janeiro, que é produto do golpe, já que lá hoje não é o estado mais perigoso em índices de violência. Se investiu no Rio de janeiro R$ 1,2 bilhões e a perspectiva de se ter de 10 mil a 11 mil homens no estado, e isso resolveu o problema de segurança? Não. Então nós queremos discutir o golpe, que é o verdadeiro problema. Porque, sem condições politicas, não existem condições de governabilidade. É essa a opinião do nosso partido, que nós queremos discutir com a população.

 

Daniel Vilela - MDB

A melhor distribuição do efetivo da Polícia Militar será solucionada com gestão técnica de pessoal. Hoje o Estado muitas vezes utiliza critérios políticos e o resultado é uma desproporcionalidade que não considera o volume de habitantes e estatísticas de crimes. Até municípios de localização estratégica, como os que estão próximos à fronteira com o Mato Grosso, em uma conhecida rota do tráfico, atualmente têm que custear hora extra para policiais para tentar amenizar a falta de efetivo. Isto se repete na maioria dos municípios. O governo não conta com uma política planejada de combate ao crime. Propomos o direcionamento de parte dos 1,7 mil policiais que estão na área administrativa e à disposição de outros Poderes para o policiamento ostensivo. Queremos enxugar o comando administrativo e levar esses homens e mulheres para proteger a população nas ruas. Vamos equalizar a situação fiscal do Estado para iniciar a contratação de novos policiais. E, com distribuição mais inteligente e eficaz, iremos aumentar o efetivo em locais estratégicos e sufocar a ação dos criminosos.

 

José Eliton - PSDB

A distribuição do efetivo da Polícia Militar é realizada com inteligência e estratégia, baseada em análise da mancha criminal e indicadores nos 246 municípios. A nossa PM realiza trabalho preventivo eficiente, a partir da proximidade com os cidadãos, como os programas Comércio Seguro e Igreja Segura, com redução consistente das estatísticas criminais. Investimos em tecnologia, com videomonitoramento por quase 700 câmeras de vigilância, controladas por moderna central. Também criamos o aplicativo Goiás Seguro, que coloca o cidadão em contato com a viatura mais próxima pelo smartphone. Em nossa gestão otimizamos o número de PMs, com o policiamento comunitário, incentivo à apreensão de armas e drogas, cumprimento de mandados de prisão, aumento da hora extra, dentre outras ações do Programa Goiás Cidadão Seguro. Ampliamos o efetivo em mais de 3,5 mil homens e mulheres e valorizamos nossos policiais. Ainda temos de avançar e o faremos com novos concursos e investimentos em armamentos e tecnologia. Tudo para ficarmos cada vez mais próximos do cidadão.

 

Kátia Maria - PT

A ONU recomenda o mínimo de um policial para cada 250 pessoas. Mas Goiás está longe disso. Dados do IBGE de 2015 apontam que o Estado possui um policial militar para cada 538 pessoas, com o agravante da distribuição desigual, a ponto de 23 municípios não terem sequer um PM nas ruas. Para melhorar a distribuição de policiais é necessário aumentar o efetivo, evitar os desvios de função e integrar as forças de segurança existentes. Para isso iremos implantar e fortalecer o Sistema Único de Segurança Pública - SUSP; realizar concurso público para seguir a orientação do quantitativo recomendado pela ONU; investir na carreira dos policiais (valorização salarial, condições de trabalho dignas, capacitação continuada); realizar parcerias com as prefeituras para oferecer estruturas físicas dignas onde ainda não existem, até que o Estado possa construir; estimular a criação de conselhos comunitários de segurança e de direitos humanos nos municípios; fortalecer a integração entre as diversas forças de segurança e estabelecer parceria com as guardas municipais.

 

Marcelo Lira - PCB

Toda e qualquer política pública adotada pelo governo do Estado deve partir de um estudo meticuloso das particularidades regionais, visto que os municípios de Goiás apresentam desigualdades profundas. No âmbito da Segurança Pública, deve-se adotar um conjunto de medidas estruturais, sendo a primeira delas a desmilitarização da polícia e adoção de uma polícia unitária, civil e judiciária, sob controle da classe trabalhadora, instituindo-se Conselhos Populares, eleitos entre os trabalhadores da Segurança Pública e comunidade, com mandatos imperativos. Apesar da desmilitarização depender de Emenda Constitucional, o Estado pode inverter a concepção de Segurança Pública que hoje prioriza um tipo de polícia militarizada e ostensiva em detrimento de uma polícia judiciária. O PCB propõe a chamada de concursos imediatos para a Polícia Civil, de tal forma a distribuí-los de acordo com as necessidades regionais, estruturando um plano de carreira e oferecendo condições dignas de trabalho, a partir das quais possa garantir a efetivação dos direitos fundamentais da classe trabalhadora.

 

Ronaldo Caiado - DEM

É crucial planejarmos o ingresso de policiais. Vamos promover concursos anuais de recomposição dos efetivos e cursos de requalificação, além de definir algumas tipologias como número de policiais por unidade; número de policiais por habitante (observando o Mapa do Crime) e níveis hierárquicos necessários por corporação/instituição. Vamos também fixar policiais por Região Integrada de Segurança Pública e estudar o aproveitamento, mediante pagamento de gratificação, de policiais da reserva remunerada para exercícios de atividades em substituição a combatentes, liberando estes para o serviço de enfrentamento da violência nas ruas. Vamos apoiar o armamento das guardas municipais; a promoção de incentivos financeiros e linhas de crédito aos municípios para compra de armas, munições, coletes e viaturas para melhor equipar suas guardas; a promoção de cursos de formação e capacitação aos guardas; e a celebração de convênios para trabalho integrado das guardas com a PM, atuando na prevenção aos delitos contra o patrimônio.

 

Weslei Garcia - PSOL

Nossa defesa é pela desmilitarização da policia. Enquanto propostas para Goiás, acreditamos que a violência não se combate com mais violência. É necessário um planejamento unificando educação, cultura e lazer na política preventiva de combate a criminalidade. Para tanto vamos implantar delegacias 24 horas com rodízio no atendimento e o mesmo nas Delegacias de Atendimento as Mulheres. Faremos isso melhorando o plano de carreira dos servidores e com concurso público para ampliar o quadro. Na polícia Militar iremos retirar parte do efetivo do administrativo para ajudar nas ruas. Mas a proposta é que o policial militar mapeie sua região e promova juntamente com a comunidade e em parceria com escolas e centros culturais competições esportivas e eventos artísticos e culturais. O policial militar é um trabalhador fundamental nesse processo e precisa se sentir acolhido e pertencente da comunidade. Iremos informatizar as polícias e interligá-las com cruzamento de informações. Nossa polícia será preventiva e educativa.

Fonte: O Popular