Goiânia, Segunda-feira, 4 de novembro de 2024
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17/08/2018 - Crime Organizado

Com críticas como a falta de investimentos do Estado em tecnologias voltadas à Segurança Pública, nas condições de trabalho e nos serviços de inteligência, a maioria dos candidatos ao governo de Goiás defende maior integração do trabalho das polícias e mais recursos para ampliar o combate ao crime organizado.

Apontando números divergentes, enquanto o atual governador e candidato à reeleição destaca resultados dos programas e ações realizadas, defendendo as medidas da gestão, os adversários indicam questões como a redução do efetivo das polícias nos últimos anos e a remuneração diferenciada para quem inicia a carreira policial.

Alda Lúcia - PCO

NOTA DA REDAÇÃO: A candidata não se pronunciou sobre o questionamento feito pelo POPULAR, não respondendo e nem dando retorno às nossas diversas tentativas de contato por email, WhatsApp e também por telefone.

Daniel Vilela - MDB

Investimento maciço em inteligência policial é o meio para combater facções organizadas. Em 2015, Goiás alocou só R$ 1,55 milhão em inteligência. Já em 2016, com José Eliton secretário de Segurança, R$ 225 mil (0,001% do orçamento do Estado). Isso é uma vergonha. Conosco, a polícia usará todas as novas tecnologias para prevenir crimes e acelerar investigações: videomonitoramento avançado - incluindo drones -, reconhecimento facial, base de dados integradas, biometria, entre outros. Vamos fomentar a instalação de câmeras privadas, criar uma rede para mapear áreas de risco, minerando dados para prevenir o crime organizado ou pontual. Atuaremos para evitar o confronto, mas, caso aconteça, o policial não pode levar a pior. A valorização dos servidores da segurança incentivará uma atuação dura e inteligente contra criminosos. Incentivaremos, ainda, a vigilância comunitária, com comunicação eficaz com a polícia, garantindo resposta rápida aos chamados. Atuaremos nos presídios, segregando presos perigosos e colocando bloqueadores de celular para funcionar de verdade, o que não acontece hoje.

Kátia Maria - PT

Em Goiás, as pessoas estão com medo de sair de casa, sendo privadas de sua liberdade. A gestão atual tem a audácia de ofertar um salário de R$ 1.500 para o policial civil e militar. Os profissionais que arriscam suas vidas diariamente precisam ser tratados com dignidade. Vamos melhorar a qualidade do serviço de segurança, investindo nas condições de trabalho, com valorização salarial e qualificação profissional, humanizando o serviço e construindo uma segurança pública cidadã. Vamos implantar um sistema integrado de segurança, com tecnologias adequadas e equipes preparadas. Desse modo, as notificações serão acompanhadas em tempo real, com ações de inteligência e de combate articuladas, tanto nas regiões metropolitanas quanto nos demais municípios. As organizações criminosas crescem onde o Estado se ausenta. Por isso, com uma gestão integrada vamos implementar políticas públicas para evitar a criminalidade e possibilitar que os goianos e goianas tenham melhor qualidade de viver em segurança.

José Eliton - PSDB

O crime organizado em Goiás, combatido de forma enérgica, é exemplo a outros Estados. Desarticulamos quadrilhas do novo cangaço e roubo de cargas; a apreensão de drogas é recorde, 30 toneladas entre janeiro e julho, com prisão dos maiores traficantes. Atuamos fortemente para desarticular o crime nos presídios, algo que será intensificado com a conclusão de mais três novas unidades prisionais neste ano, separando líderes de facções. Atuamos para prender quadrilhas especializadas em roubos a fazendas com a inovadora Patrulha Rural. Estes resultados refletem o alto investimento em segurança, 13% do orçamento (R$ 3 bilhões). Instalamos o laboratório de lavagem de dinheiro para recuperar ativos de organizações criminosas. Goiás lançou o pacto integrador da segurança, em que os Estados passaram a atuar juntos contra o crime organizado. Mas há desafios: continuaremos a investir em inteligência e parcerias para melhorar a formação e especialização dos agentes de segurança. E é preciso discutir no Congresso a reforma das leis penais e a redistribuição de verba federal para a segurança nos Estados.

Marcelo Lira - PCB

A política de Segurança Pública do período marconista foi desastrosa. Em 20 anos, o efetivo de militares caiu de 13 mil para 11 mil; e o de civis caiu de 6 mil para 3.395; sendo que a população saltou de 4,7 para 6,7 milhões de habitantes. O número de homicídios por grupo de 100 mil habitantes cresceu 230%, fazendo com que o Estado assumisse a 5ª posição entre os mais violentos do País; e posicionando diversas cidades goianas entre as 30 mais violentas: Novo Gama (20ª); Luziânia (21ª); Senador Canedo (24ª); e Trindade (26ª). São 162 municípios do Estado que não dispõem de delegados de polícia, agente e/ou escrivão de polícia. A ausência da polícia judiciária nos municípios aumenta os níveis de criminalidade. O PCB defende a desmilitarização e a unificação da polícia; a valorização do servidor da segurança pública via contratação por concurso público, plano de carreira e estruturação das condições de trabalho; e o Controle Social da Polícia, via criação de Conselhos Populares eleitos, com mandatos imperativos, como forma de administrar, organizar e definir as políticas de Segurança Pública.

Ronaldo Caiado - DEM

Em minha gestão a segurança pública terá foco em integração, inteligência e integridade. Uma das ações será a criação de um Núcleo de Combate ao Crime Organizado e à Corrupção na Secretaria da Segurança Pública. Vou enfrentar as organizações criminosas com integração de ações antidrogas e os crimes adjacentes ao tráfico (roubos de automóveis, cargas, violência na zona rural). Pelo SUSP vou apoiar a criação de um banco de dados criminais, padronizando e unificando as informações dos diversos órgãos, gerando um Sistema Nacional de Informações de dados prisionais, rastreamento de armas e munições, material genético, digitais e drogas. Para desarticular o crime organizado vou construir um presídio preparado para receber líderes e principais membros dessas quadrilhas que irá funcionar em Regime Disciplinar Diferenciado para cortar a comunicação entre líderes e liderados. E, acima de tudo, vamos criar uma força tarefa para o combate a crime organizado, integrando todas as forças: polícias militar, civil e rodoviária; Receita Federal, Sefaz e Ministério Público.

Weslei Garcia - Psol

A cúpula do crime organizado em Goiás está nos mais altos escalões da política e do empresariado. Nosso Estado é a terra de Carlos Cachoeira e dos irmãos Batista. Todos eles agora são nacionalmente conhecidos como bandidos mafiosos e apoiaram campanhas milionárias no Estado. Os coronéis da política, que vêm desse mundo sujo e podre da política tradicional, não vão nunca fazer esse combate. Só o nosso governo, que vem de baixo, do povo, vai ter independência para combater o crime organizado. Existe uma banda podre do agronegócio, que está ligada ao mundo do tráfico de drogas, como naquele caso do helicóptero com meia tonelada de cocaína. Nós vamos enfrentar essa banda podre, com uma estratégia muito clara: “siga o dinheiro”. Unificaremos os sistemas de tecnologias das polícias, bem como investiremos e qualificaremos a polícia técnica cientifica e a perícia. Vamos orientar a polícia a fazer um trabalho de inteligência para seguir a rota do dinheiro sujo. E aí, vamos pegar o touro pelos chifres, desmontar essas quadrilhas pelo topo, ao invés de ficar só enxugando gelo.

Fonte: O Popular