Goiânia, Terça-feira, 5 de novembro de 2024
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Notícias UGOPOCI

05/06/2018 - Feminicídio

O motorista Aginaldo Viríssimo Cuelho, de 50 anos, confessou à Polícia Civil o assassinato da esposa Denise Ferreira da Silva, de 34 anos, grávida de 4 meses, no condomínio onde ela morava, em Goiânia. Segundo o delegado responsável pelo caso, Danilo Proto, o homem foi preso na casa de familiares em Anápolis, a 55 km de Goiânia, nesta segunda-feira (4).

Conforme o delegado, o motorista confessou o crime e disse ter cometido o ato por causa da suspeita de uma traição. Ele indicou ainda onde teria jogado a arma usada no crime, que ainda não foi encontrada pela Polícia Civil.

“Aginaldo é autor confesso da morte da sua companheira, Denise. [...] Segundo ele, a motivação foi por ciúmes e uma possível traição. [...] Nessa oportunidade, possuído por esse sentimento de fúria, ele resolveu ir ao apartamento dela, entrou em vias de fato e efetuou esse disparo”, afirmou.

Proto acrescentou que ele fugiu logo após o crime usando um aplicativo de transporte particular para chegar até Anápolis, na casa de familiares, onde foi detido. “Após conversa aqui na delegacia ele confessou a prática do crime, deu os detalhes. [...] Ele será submetido a interrogatório, estamos finalizando o auto de prisão em flagrante", completou.

Conforme apurou a TV Anhanguera, ele deve responder pelos crimes de feminicídio e aborto. O G1 não localizou a defesa do preso para comentar o caso.

Tia da vítima, Idivonete Ferreira Martins disse à TV Anhanguera que não acredita no arrependimento do motorista. Segundo ela, a sobrinha também não teria cometido nenhuma traição e pede "justiça" pela família dela, que está consternada com o ocorrido.

O crime foi cometido numa rua próxima da casa da vítima, em um condomínio do Setor Orienteville, na capital, na madrugada desta segunda-feira. Conforme as investigações, como o casal estava separado, o motorista arrombou a porta da casa e começou a discutir com a esposa. Após ser agredida, ela tentou fugir, mas acabou baleada na cabeça.

O suspeito trabalha como motorista do ônibus da dupla sertaneja Henrique e Juliano. A assessoria dos artistas informou ao G1 que o funcionário estava de folga quando o crime ocorreu e que o contato dele com os músicos é "estritamente profissional".

Fonte: Jornal O Popular