Policiais civis prenderam nesta segunda-feira (21) o quarto suspeito de envolvimento no assassinato da advogada Laís Fernanda Araújo Silva, de 30 anos. Identificado como Leandro Antonelle Vicente da Silva, de 38 anos, por agentes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). O delegado responsável pelo caso, Valdemir Pereira, preferiu não dar detalhes sobre a localização antes da entrevista coletiva, marcada para esta terça (22).
O crime aconteceu no último dia 10, no Setor Alto da Glória. No sábado, dois adolescentes, de 13 e 16 anos, haviam sido apreendidos e uma mulher, Luziane Ramos de Souza, de 22 anos, acabou presa também por participação no latrocínio. Os garotos tiveram a internação preventiva decretada durante o plantão judiciário no domingo (20). A mulher deve passar nesta terça-feira por audiência de custódia.
Na decisão, juiz José Proto de Oliveira considerou que a internação tem caráter excepcional, sendo justificada por indícios suficientes da autoria do ato infracional. O magistrado destacou que, nos depoimentos, os adolescentes, que admitiram a prática de latrocínio e tráfico de drogas.
“Considerando a gravidade em concreto do ato, praticado com emprego de arma de fogo. Pelas suas idades, se tornam presas fáceis em acompanhar indivíduos maiores de idade na prática de atos infracionais, além do que, a segregação dos mesmos alivia um pouco a tensão vivenciada pela sociedade goianiense, cansada de ver e assistir a tanta violência”, argumentou Proto.
Além de relatar que os apreendidos, apesar da pouca idade, já se encontram no mundo do crime, o juiz destacou ameaças feitas pelos garotos. “Inclusive, dizendo em alto e bom som que a pessoa que os alcaguetaram para a polícia está marcada para morrer”, argumentou.
Crime
A advogada Laís Fernanda Araújo Silva foi morta com um tiro no tórax, dentro do próprio carro. O crime aconteceu por volta de 22h30, na Avenida Teresina, no Setor Alto da Glória, na Região Sul da capital.
O garoto de 13 anos confessou ser o autor do disparo que matou Laís. No sábado, durante a apresentação, o adolescente disse que escolheu a vítima porque ela estava distraída e seria “vítima fácil”. Ao ser questionado se saiu para matar, disse que não e que nada disso teria ocorrido se a mulher “tivesse entregado o carro direitinho”.
Imagens circuito de segurança de um prédio próximo ao local do crime mostram o momento em que os dois suspeitos, após abordarem a vítima, correm para uma rua próxima à rua Teresina, onde um Gol branco os aguardavas. Os dois adolescentes entram e o carro sai em alta velocidade. No veículo, de acordo com a investigação, estavam um motorista e a mulher.
À polícia, Luziane afirmou que não sabia que a vítima seria morta. “Ele (o adolescente) me chamou para dar uma volta. Eu não roubava não. Eles só pediam para sair comigo porque se uma mulher andasse na frente era melhor. Ela, no entanto, é mulher de um traficante e a possível relação disso com os crimes também será investigada.
O grupo foi indiciado por crimes ou atos infracionais análogos a latrocínio, associação criminosa e porte ilegal de arma, que foi apreendida e encaminhada à perícia.
Fonte: O Popular