As mensagens postadas nas redes sociais pedindo atos de vandalismo em Jataí, a 327 quilômetros de Goiânia, são assinadas pela facção paulista Primeiro Comando da Capital. Nelas, há a reivindicação para que o diretor do presídio da cidade, Waldivino Ribeiro da Silva, conhecido como Carabina, seja transferido da unidade prisional. Há ainda ameaça de que, se isso não ocorrer, “vamos por o bangui no vermei daquele jeitão”. Outra afirmação é de que o crime organizado na cidade não tem medo da Polícia Militar.

Os serviços de inteligência das polícias Militar e Civil e da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) investigam a autoria do post e já conseguiram prender Dione Lopes Barreto, de 28 anos. Ele é autor do áudio de WhatsApp que conclama a bandidagem a colocar fogo em ônibus na cidade, em um “salve geral”, ocorrido na terça-feira e que terminou com sete ônibus, dois caminhões e um telefone público incendiados e com as portas do fórum antigo e do presídio local metralhados.

Ao ser preso pela PM, Dione disse que recebeu ordens de um preso identificado como Rafael para gravar e distribuir o áudio. “Fiz porque eu queria aparecer. Foi burrice minha”, contou.

Reforço

De acordo com o tenente-coronel Wellington de Urzêda Mota, comandante de Missões Especiais da PM, vários áudios de WhatsApp incitaram criminosos ao vandalismo. Desde que o comandante-geral da PM, coronel Sílvio Benedito Alves, determinou reforço no policiamento da cidade, no entanto, nenhuma ocorrência foi registrada.

“Saturamos a cidade, fizemos operações até 6h40 de ontem; agimos de forma pontual e vamos continuar aqui até que o comandante-geral da PM nos mande retornar”, explicou.

Fonte: O Popular