Nos corredores e galerias da Assembleia Legislativa na terça-feira, 1º, o sentimento entre os servidores públicos estaduais misturavam revolta e perplexidade. Policiais, professores e administrativos tentavam entender por que o governador Marconi Perillo (PSDB) elegeu os servidores públicos como alvo de um gigantesco ‘pacote de maldades’ nesse quarto mandato. Em tom de indignação, líderes das categorias conclamam os servidores a permanecerem mobilizados e prontos para ações mais contundentes.
O projeto que tramita na Assembleia Legislativa revoga lei anterior que concedia aumento aos servidores da Segurança Pública nesse final de ano. A reposição havia sido negociada com o próprio governador às vésperas do período eleitoral, no ano passado, o que gera ainda maior revolta. Outras categorias, como a Educação, juntam-se aos policiais porque outros projetos estão a caminho da Casa. Um deles prevê o fim de garantias históricas dos servidores como quinquênio e licença prêmio, além de aumentar o tempo de trabalho para requerer aposentadoria. A implantação das OSs nas escolas públicas é outra pauta que gera indignação.
Diante de tantos projetos que massacram os servidores, as categorias mobilizam-se para iniciar uma greve. A paralisação das forças de segurança do Estado é iminente, como relatou a deputada delegada Adriana Accorsi (PT). Outra hipótese é a ocupação do plenário da Assembleia ou invasão do Palácio Pedro Ludovico, na tentativa de chamar a atenção da sociedade para os descalabros cometidos pelo governo tucano. Há divergências, tentativas de diálogo até que se esgotem todas as possibilidades, mas também uma certeza: ninguém aceitará mais tantos abusos.
Fonte: Site Goiás Real