Os avanços das ciências e da tecnologia nos trouxeram muitas facilidades. Hoje não nos imaginamos sem um aparelho celular, um táblete ou um controle remoto nas mãos para acionar inúmeros eletrônicos com apenas um toque do indicador. A mesma lógica das facilidades e comodidades funciona para o acesso a serviços de entretenimento, por meio de computadores interligados a grande rede, a internet.
É impressionante como a tecnologia está presente em nossas vidas e como fomos substituindo as antigas ferramentas e utensílios pelos sofisticados aparelhos! Economia de tempo, mão de obra, menos desperdício, mais eficiência. As facilidades tecnológicas presentes no nosso dia-a-dia têm colaborado consideravelmente na mudança de comportamento da nossa família.
Hoje, um dos grandes desafios na educação de nossos filhos é saber dividir o tempo deles entre as atividades escolares, as tarefas domésticas ou os jogos no táblete. Cada vez mais permitimos que eles passeiem pela internet durante várias horas, com a convicção de que é melhor tê-los em casa, do que deixá-los fora do ambiente da casa. Infelizmente o que é uma ferramenta para promover o acesso à informação, ao conhecimento e a comunicação mais rápida, também é usada para promover a desinformação, induzindo nossos filhos – crianças e jovens – a violência, a automutilação e até mesmo ao suicídio.
As novas tecnologias são bem-vindas! Não podemos negar os inúmeros benefícios dos quais usufruímos. Se bem utilizadas salvam vidas, colaboram na formação à distância de jovens e adultos, possibilitam a comunicação de milhares de pessoas separadas pelas distâncias geográficas. Contudo, é preciso que pais e mães não abram mão de serem os condutores da educação de seus filhos. Nunca esquecer que são os adultos da relação. Ter consciência do que é prioridade na educação dos filhos e mais ainda, ter o dever de definir tempo para todas as atividades e fazer com que eles cumpram os combinados; de conhecer as páginas – sites que eles costumam visitar; é fundamental que tenham um diálogo franco e aberto, deixando claro que são responsáveis pela educação deles.
Quando fechamos os olhos e ouvidos à realidade que está diante de nós, estamos passando uma procuração em branco para o “pai-computador” e a “mãe-televisão” se responsabilizarem pela educação de nossos filhos. Tábletes não educam e muito menos nos substitui!
PS: Artigo publicado no Jornal O Popular, no dia 24 de Abril de 2019
Autora: Geralda da Cunha Teixeira Ferraz – Associada da UGOPOCI
Escrivã de Polícia e Educadora
Radialista
Especialista em: Assessoria de Comunicação – UFG
Comunicação Pública – ESPM
Gestão Escolar – UFG