
Representantes sindicais dos servidores públicos de Goiás entraram com um mandado de segurança para tentar reverter a venda do Hospital do Servidor Público, no Parque Acalanto, em Goiânia. A unidade de saúde pertencia ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) e foi comprada pelo estado por R$ 128 milhões na última quinta-feira (30). Ainda nesta semana, ele começará a funcionar como o Hospital da Criança e do Adolescente (Hecap).
A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) afirma que a venda ocorreu sem irregularidades. Entretanto, no documento, os representantes questionam o valor pago pela unidade de saúde. Inicialmente, o valor estimado era de R$ 150 milhões. Porém, o hospital acabou sendo adquirido por R$ 22 milhões a menos.”Queremos uma explicação para essa diferença de valor”, diz Bia de Lima, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego).
Bia explica ainda que dos 10 integrantes do Conselho Deiberativo do Ipasgo (CDI), apenas quatro são representantes dos servidores. De acordo com ela, isso torna a aprovação da venda da unidade de saúde questionável. “A composição não é paritária. Nós fomos contra. Quando a pauta chegou até nós, pedimos tempo para fazermos análises e não fomos ouvidos”, argumenta. A venda do hospital foi aprovada pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) no dia 13 de dezembro de 2021.
SES-GO
Em nota, a SES-GO comunicou que a venda “seguiu os trâmites legais” e foi aprovada pela Alego e pelo CDI, além de ter sido sancionada por lei estadual, sendo que “inicialmente, o valor estimado era de R$ 150 milhões, entretanto, após análises a compra pela SES-GO foi realizada por R$ 128 milhões, conforme definição do CDI.”
A pasta informou ainda que em relação aos serviços do Ipasgo, “os servidores que contribuem com o plano não serão desassistidos, pois o planejamento para o Instituto é de ampliação da rede credenciada, com descentralização dos serviços em diferentes unidades de saúde, localizadas em pontos estratégicos de todo o território goiano e não somente na capital, como seria com o Hospital do Servidor.”
A nota destacou também que a existência de uma unidade de saúde destinada para o tratamento de crianças e adolescentes “irá suprir uma demanda que clama há anos por soluções concretas no Estado, que é a estruturação de um serviço de pediatria que atenderá todos os goianos de forma integral, universal e equânime, sendo referência na área.”
Fonte: Jornal O Popular