O presidente da União Goiana dos Policiais Civis – UGOPOCI, José Virgílio, participou na manhã desta última quinta-feira, dia 14 de novembro, de uma audiência pública do Fórum em Defesa do Servidor Público para debater a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Reforma da Previdência estadual. O evento ocorreu no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego)
O evento contou com a participação de representantes de nove entidades, além dos deputados Delegada Adriana Accorsi, Coronel Adailton e Major Araújo.
Participantes do evento apontaram a necessidade de que sejam apresentadas propostas para adequações que venham ao encontro das necessidades dos servidores públicos estaduais, a fim de minimizarem os impactos que serão provocados pela alteração do regime previdenciário.
Delegada Adriana Accorsi alertou para a necessidade de resistência a fim de reduzir a perda de diretos por parte dos servidores. “É uma tristeza muito grande receber nesta Casa essa proposta. Somos colocados como vilão para a população não ficar ao nosso lado, a favor dos nossos direitos. Quero deixar claro que a reforma penaliza os trabalhadores”, disse.
O deputado Coronel Adailton reafirmou seu apoio aos direitos dos servidores públicos, categoria da qual faz parte, e ressaltou a importância da união de todos para o fortalecimento das categorias e para que possam ser atendidos. O deputado-militar reiterou, ainda, que a reforma é necessária, mas que é preciso encontrar um denominador comum.
Servidor “demonizado”
O deputado Major Araújo disse que o servidor tem sido “demonizado”. Segundo ele, os servidores públicos estão sendo apedrejados: “Esta é uma grande oportunidade para a discussão da reforma, para estabelecer a verdade”, disse. Araújo criticou a falta da realização de concursos públicos em Goiás, o que, segundo ele, é importante para alimentar o regime previdenciário. Ao final, salientou a importância da mobilização dos servidores, inclusive dos deputados. “Não sou contra a reforma, mas sim com a falta de transparência”, ressaltou.
De acordo com a coordenadora do fórum e presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Estado de Goiás (Sintego) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Bia de Lima, é importante que os trabalhadores do serviço público se mobilizem e apontem os principais pontos que precisam ser alterados na PEC. Ela frisou a necessidade de que a discussão tivesse início ainda nesta semana para que possa prosseguir nos próximos dias. “Se não nos posicionarmos contra a PEC, ela vai passar. No entanto, devemos trabalhar em cima de alguns pontos. Não somos os culpados e temos que pagar a conta”, disse.
Presidente do Conselho Estadual da Previdência, coronel Anésio Barbosa ressaltou a importância de encontrar alternativas para solucionar a problemática da reforma previdenciária sem penalização do trabalho. Dentre os pontos abordados está a formação de um fundo. “Precisamos encontrar fontes de custeio do sistema previdenciário”, alertou.
Os integrantes da mesa foram taxativos aos ressaltar a importância da mobilização dos servidores, para que fortalecidos pelo volume numérico e sua representatividade na sociedade, consigam colocar as alterações propostas para o documento na pauta, junto aos parlamentares goianos.
A PEC da Reforma da Previdência, em tramitação no Legislativo goiano, prevê o aumento da alíquota previdenciária em até 8%, podendo chegar até 22,5%, além de extinguir o quinquênio, entre outras medidas que buscam readequar o sistema previdenciário à nova realidade. Os integrantes do Fórum de Entidades convocaram suas bases para se mobilizar a fim de participarem do debate. Foram convidados deputados de todos os partidos, principalmente da base do governo, para debater a proposta.
Além da UGOPOCI, através do presidente José Virgílio, também participaram da audiência na composição da mesa de trabalhos, os presidentes do Sindicato dos Gestores Governamentais de Goiás (Sindgestor), Eduardo Aires; do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde (Sindisaúde), Ricardo Manzi; do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Goiás (Sindipúblico), Gustavo Pedrosa; do Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado de Goiás (Sindojus), Moisés Bento e o presidente do Sindjustiça, Fabrício Duarte de Sousa.
Fonte: ALEGO e UGOPOCI
Fotos: ALEGO e SINDPERÍCIAS