A delegada Camila Vieira Simões informou que a denúncia chegou à Polícia Civil em dezembro de 2020 por meio de um casal que adotou uma criança do abrigo. Eles disseram que a criança relatou experiências sexuais vividas no local. Além disso, a polícia descobriu que duas crianças que fugiram do abrigo também relataram abusos.
“Um casal de adotantes procurou a delegacia de polícia narrando que uma criança, da qual eles detinham a guarda provisória, passou a relatar experiências sexuais vividas no interio da casa. A polícia teve ciência de duas fugas de crianças abrigadas na qual elas relatavam que sofriam violência física e psicológica no interior do abrigo”, disse.
Conforme a delegada, após a denúncia, a polícia descobriu que havia omissão por parte de algumas cuidadoras e responsáveis pelo abrigo, que sabiam da ocorrência dos crimes. À delegada, a coordenadora confirmou que repassou as ocorrências para a ex-primeira-dama do município, e para ex-presidente do Conselho da Criança e do Adolescente.
“A polícia passou a investigar e teve ciência de que as relações sexuais eram pratica comum no interio da casa, e que algumas cuidadoras tinham ciência e de que a coordenadora do abrigo também tinha ciência. A coordenadora confirma que repassou as ocorrências para a ex-primeira-dama do município, e para ex-presidente do conselho da criança e do adolescente”, disse.
Diante disso, a Polícia Civil indiciou a ex-primeira-dama, a ex-presidente do conselho, a coordenadora e uma cuidadora pelo crime de estupro de vulnerável, na forma comissiva por omissão. Por este crime, elas podem cumprir 8 a 15 anos de prisão, caso condenadas.
Todas as pessoas envolvidas também foram indiciadas por crime de maus-tratos, com pena de 2 meses a um ano, e de submissão à humilhação, com pena de 6 meses a dois anos.
Fonte: G1 Goiás