Após o governo de Goiás anunciar proposta de pagamento de data-base no índice de 5,5%, presidentes de entidades que representam servidores públicos da segurança pública e da educação acenaram para a possibilidade de as categorias fazerem paralisação.
O porcentual foi informado pelo secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (23), com comissão representante do Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos do Estado de Goiás.
No entanto, em encontro na sexta-feira (18), os presidentes de sindicatos apresentaram proposta de recomposição inflacionária de 25,53% – porcentual referente ao período de administração do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que não fez nenhum pagamento de data-base ao longo dos ultimos três anos. Há categorias com atrasos referentes também a gestões anteriores.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás, Paulo Sérgio Alves de Araújo, as categorias ficaram revoltadas com o porcentual apresentado pelo governo e encararam a proposta como “escárnio”.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás, Bia de Lima, avalia que a proposta é ruim e a categoria não aceitará índice inferior a dois dígitos.
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado de Goiás, Gilberto Cândido, faz avaliação semelhante. “Se ele deve 25,53%, como ele oferece 5,5%? E o restante? Quem vai pagar?”, questionou Cândido. Os três afirmam que há possibilidade de paralisação.
Uma nova rodada de negociação foi marcada para o dia 3 de março. Os servidores devem se reunir em Assembleia no dia seguinte.
A reportagem entrou em contato com o governo de Goiás, mas ainda não houve retorno. O espaço continua aberto.
Fonte: Jornal O Popular