A Policia Civil de Goiás, por meio do Grupo Especial de Investigações Criminais de Goiânia – 1ª DRP, deflagrou, nesta quinta-feira (3), a Operação Placebo para apurar a venda irregular de medicamentos para emagrecimento. A operação foi deflagrada a partir de uma denúncia formalizada pela Vigilância Sanitária de Goiânia, a qual participou da ação policial, juntamente com a Superintendência da Polícia Técnico-Científica.
Apurou-se que uma mulher tem promovido, por meio de suas redes sociais, a comercialização de medicamentos para emagrecimento de administração oral. No entanto, referida substância é produzida por uma renomada indústria farmacêutica e possui indicação exclusiva para uso subcutâneo.
No curso das diligências investigativas, verificou-se que a suspeita é proprietária de uma empresa do ramo de suplementos alimentares, atuando em sociedade com seu esposo e um terceiro sócio.
A operação teve como objetivo o cumprimento de mandados de busca e apreensão em três imóveis vinculados aos investigados, visando à coleta de elementos probatórios para a instrução do inquérito.
Nesta data, foram cumpridos os mandados de busca e apreensão em três locais, sendo duas empresas e uma residência que funcionava como laboratório clandestino de medicamentos. Foram realizadas as prisões em flagrante pelo delito previsto no artigo 273 do Código Penal de um homem e de uma mulher, maiores de idade, responsáveis pelo laboratório clandestino.
Foram localizadas milhares de caixas e invólucros de medicamentos controlados, diversos medicamentos já envasados e embalados prontos para comercialização. Os remédios eram vendidos como produtos naturais; todavia, há indícios de que eram misturados com remédios controlados inibidores de fome. O principal medicamento ofertado pelos detidos era uma suposta versão oral de um medicamento para emagrecimento ministrado via subcutânea.
O laboratório clandestino funcionava em uma residência que está passando por reformas e apresentava condições de extrema precariedade de higiene e limpeza, agravando os riscos à saúde dos consumidores.
Após as diligências legais, os detidos foram encaminhados ao Poder Judiciário.