Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário discutem saídas para driblar a queda na arrecadação do estado de Goiás, por conta da pandemia do novo coronavírus. É consenso entre os chefes dos poderes e órgãos autônomos que é preciso adotar cortes de gastos, já que a receita prevista de R$ 21 bi deve ter queda de aproximadamente R$ 27% neste ano.
Uma reunião foi realizada na última sexta-feira, 20, e outra deve ser ocorrer nesta quarta-feira, 25, quando as propostas para enxugamento das contas serão discutidas com o governador Ronaldo Caiado (DEM). Uma das ações tidas como inevitáveis é a redução no repasse de duodécimos. Mas isso não é suficiente, é preciso mexer na folha.
Para o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB), a verdade é que todos precisam realizar cortes. “A indústria, o comércio, os autônomos, todo mundo está perdendo e nós não somos uma ilha, todo mundo será afetado. Por isso, vamos sentar e discutir o que cada Poder irá fazer para se reajustar à essa nova realidade”, explica ao Jornal Opção.
Lissauer afirma ainda que a Lei Orçamentária Anual (LOA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) precisarão ser corrigidas. “Faremos uma reunião para estudar o que pode ser feito, é preciso fazer um trabalho sério de corte de gastos”, adianta. Questionado se o funcionalismo será afetado, Vieira argumenta que todo os trabalhadores estão sendo afetados com a crise.
O presidente da Alego defende uma negociação com servidores para redução temporária dos salários durante o ano de 2020. Segundo Lissauer, a medida apesar de dura é menos traumática do que possíveis demissões. Segundo o chefe do Legislativo, outras medidas também serão adotadas pelo Estado visando o reequilíbrio das contas.
Foto: Felipe Cardoso
Fonte: Jornal Opção