Cinco jovens foram presos nesta terça-feira (13) suspeitos de agredir e matar o torcedor do Goiás Matheus Capuzo Lourenço Martins logo após um clássico contra o Vila Nova, em agosto deste ano, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, a vítima assistiu ao jogo em um bar com os amigos e, quando estava indo embora de carro, um grupo de torcedores rivais o identificou como esmeraldino e começou a seguir o veículo.
De acordo com a delegada Myrian Vidal, da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), os jovens perseguiram o carro da vítima até que ele parou em um semáforo, onde o agrediram com socos, chutes e efetuaram disparos, dos quais um atingiu Matheus.
“Foi um dia de torcida única do Vila no Estádio Serra Dourada. A vítima e os amigos assistiam ao jogo, por conta disto, pela televisão em um bar. Ao ir embora, um grupo de torcedores do Vila Nova, que não conhecia a vítima, viu que era um torcedor do Goiás e começaram a seguir o carro em que eles estavam. De repente começaram a deferir todo tipo de agressão, quebraram o carro, chegando a atirar contra eles, atingido o Matheus. Os tiros chegaram a pegar no carro de uma professora, sem ferir outras pessoas”, disse a delegada.
Foram presos nesta manhã João Luccas Amâncio Amaral, José Amâncio Pereira Neto, José Carlos Bezerra da Silva Sobrinho, Marcelo José Rosário e Marcelo Vinicius Assunção Oliveira. A corporação apura a participação de outras pessoas além dos presos.
O advogado Eduardo Julys, responsável pela defesa dos irmãos João Luccas e José afirmou ao G1 que os clientes não têm envolvimento no crime. Disse ainda que espera que a polícia identifique os “reais autores” nos próximos dias.
O caso ocorreu no dia 25 de agosto. De acordo com a corporação, Matheus assistiu ao jogo em um bar no Setor Itatiaia, na região norte de Goiânia, e depois seguiu com os amigos em um carro, sendo perseguido e abordado por um grupo de torcedores do Vila Nova em um semáforo próximo a um shopping center que fica na Avenida Perimetral Norte.
Após ser baleado, Matheus foi levado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde morreu dois dias depois, no dia 27 de agosto.
“Nós chegamos até estes suspeitos depois de analisar câmeras de segurança da região e também de ouvir várias testemunhas, já que o caso ocorreu em um semáforo, no meio do trânsito, onde havia outros carros e outras pessoas. Alguns dos presos negam que estivessem no local, mas foram reconhecidos por testemunhas, agora vamos apurar direitinho tudo isso”, afirmou a investigadora.
Armas apreendidas com grupo suspeito de matar torcedor do Goiás, em Goiânia — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Arma em condomínio de luxo
Além das prisões, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão, sendo apreendias três armas. Uma delas foi localizada em um condomínio de luxo de Goiânia, onde mora o avô de um dos suspeitos.
“O calibre da arma coincide com o que a vítima foi atingida. Mas, agora, logicamente, a perícia vai aprofundar para saber se, de fato, trata-se da arma utilizada no crime”, concluiu.
Os cinco suspeitos devem responder por homicídio qualificado e vão ficar detidos, nesta terça-feira, na Delegacia de Capturas de Goiânia.
Fonte: G1 Goiás