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UNIÃO GOIANA DOS POLICIAIS CIVIS

Segurança Pública de Goiás já teve 35 perdas por Covid-19

Policial Civil se emociona durante homenagem a colegas mortos (Foto: Wildes Barbosa/O Popular).

As forças de Segurança Pública de Goiás já perderam 35 servidores que estavam em atividade por Covid-19. Nesta sexta-feira (12), o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol-GO) suspendeu durante uma hora as atividades nas delegacias para prestar homenagem aos nove colegas mortos pela doença.

Eles aproveitaram a ocasião para falar sobre as dificuldades que têm encontrado no exercício profissional durante a pandemia. “Queríamos que mais ocorrências como, por exemplo, furto, fossem feitas on-line. Além disso, queríamos que o rodízio de profissionais ocorresse em todas as delegacias”, diz o presidente do Sinpol-GO, Paulo Sérgio.

Ele afirma que em algumas unidades ocorreram surtos de contaminação, como na Central de Flagrantes, em Goiânia, que teve 22 casos confirmados da doença e três suspeitos. “A diretoria da Polícia Civil tem ajudado como pode. Por isso, fazemos esse apelo para a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO)”.

A assessoria da SSP-GO afirma que esses assuntos devem ser tratados diretamente com a Polícia Civil. O delegado-geral da corporação, Alexandre Lourenço, afirma que todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários tem sido fornecidos para os servidores da Polícia Civil e todos os casos confirmados tem sido acompanhados de perto. Até esta sexta-feira, 619 testaram positivo para Covi-19 na corporação.

“Temos quatro servidores internados, sendo que dois estão precisando de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Acompanhamos a evolução de cada um de perto. Sabemos que somos um serviço que não pode parar, mas também estamos fazendo de tudo para proteger nosso efetivo”, afirma Lourenço.

Outras corporações

Na Polícia Militar, já morreram 21 servidores e a corporação não informou quantas pessoas já foram infectadas. Já no Corpo de Bombeiros são duas mortes e 1.439 casos confirmados até esta sexta-feira.

O presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás (Assego), Luis Cláudio de Jesus, afirma que a situação tem preocupado a associação. “Nossa preocupação se dá em decorrência da ausência de leitos de UTIs”, afirma. De acordo com ele, os hospitais militares não estão equipados o suficiente para atender a demanda dos militares e seus familiares neste momento.

Já a Polícia Técnico-Científica teve duas mortes causadas pela Covid-19 e não informou a quantidade de casos confirmados dentro da instituição. Na Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), foi registrada uma morte e 684 casos confirmados da doença.

Vacinação

Ao longo desta semana, o titular da SSP-GO, Rodney MIranda, voltou a dizer que considerava um absurdo a população carcerária ser vacinada antes dos servidores que atuam nos presídios. “Nenhum detento vai vacinar antes dos servidores das forças de segurança do Estado”, afirmou Miranda, no início deste mês. Ele conta com o apoio do governador Ronaldo Caiado.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) ressaltou que as forças de segurança estão na lista de prioridade do Ministério de Saúde, mas que ainda não foi definido quando serão vacinadas e que no momento a prioridade são os idosos. A definição de qual será o próximo grupo a ser imunizado será feita pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).

Fonte: Jornal O Popular

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