A Justiça de Goiás condenou sete pessoas por roubo a bancos, carros fortes e latrocínio em sete municípios do interior. As penas variam de 5 a 19 anos de prisão em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade. Integrantes do grupo chamado de “Novo Cangaço” foram presos durante operações policiais, entre 2015 e 2016.
A investigação apontou que os homens planejaram o roubo a uma carga de explosivos de mineradora, em Barro Alto, em 9 de outubro de 2015. Com os explosivos, o grupo atuou diretamente no roubo a banco em Santana do Araguaia, no Pará, em 4 de novembro de 2015.
Outro roubo a banco foi registrado em 6 de novembro do mesmo ano, em Nova Crixás. Foram registrados mais dois roubos a banco e um latrocínio contra Vivianny Costa Ferreira, de 27 anos, em São Miguel do Araguaia, em 13 de janeiro de 2016. A vítima era assessora do Ministério Público da cidade e foi morta como refém, durante ação dos condenados.
Naquele ano, a polícia ainda registrou roubos a banco em Mara Rosa, Cavalcante e Santa Terezinha de Goiás. O grupo atuou também em um roubo no Tocantins, na cidade de Araguaçu. Parte dos integrantes foram presos durante um assalto a um carro-forte entre as cidades de Campinaçu e Minaçu, em Goiás.
“As penas foram agravadas porque o grupo criminoso difundiu medo e terror aos moradores da região Norte do Estado de Goiás, máxima porque o bando agia disposto a matar, tanto que ceifou a vida de uma jovem servidora pública na ação de São Miguel do Araguaia. As circunstâncias do crime também são desfavoráveis ao sentenciado porque a referida organização criminosa perdurou por mais de um ano e praticou, ao menos, seis crimes de roubo a bancos e a um a carro-forte”, escreveu a juíza Placidina Pires na condenação.
Daniel Xavier da Silva, de 19 anos, apontado como um dos líderes do grupo recebeu a maior pena, 19 anos de prisão em regime fechado. Azenilton José da Costa, outro líder, recebeu pena similar.
Cidades sitiadas
O grupo é destacado na investigação pela maneira violenta empregada durante os roubos. Os integrantes faziam reféns nas proximidades dos bancos, e eram usados como escudo humano.
Em alguns momentos, os reféns eram obrigados a ajudar os integrantes a quebrarem as vidraças dos bancos e recolherem o dinheiro após a explosão. As vítimas eram levadas na fuga e deixadas na saída da cidade.
A maneira do grupo agir era sempre a mesma: sitiando a cidade no período noturno. Os integrantes realizavam grande quantidade de disparos de armas de fogo de grosso calibre, como fuzis e escopetas e colocavam motoqueiros em ronda pela cidade.
Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Fonte: G1 Goiás