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UNIÃO GOIANA DOS POLICIAIS CIVIS

Regiões Oeste e Noroeste de Goiânia são monitoradas por força-tarefa

Quem passou pelas regiões Oeste e Noroeste de Goiânia nos últimos dias deve ter percebido a maior presença de viaturas policiais em comboio, na realização de blitzen e abordagens. São os homens da Força Nacional, policiais militares e civis de outros Estados que vieram para a capital participar de um projeto-piloto do Ministério da Justiça e da Segurança Pública no enfrentamento da criminalidade no País.

Por detrás desta ação ostensiva, visível a olho nu, gestores estudam o cenário das regiões Oeste e Noroeste de Goiânia, foco da força-tarefa, para identificar as principais causas que levam ao aumento de crimes contra a vida e patrimoniais. Este diagnóstico, que deve guiar o trabalho tanto investigativo como ostensivo, vai abranger diversas áreas, que vão além da segurança pública em si.

Condições de moradia, infraestrutura e acesso à educação e lazer também serão avaliados. Além, é claro, da identificação de lideranças criminosas, quadrilhas, homicidas e ladrões. “Nós vamos atuar com a identificação dos principais problemas criminológicos de cada região e combatê-los de uma forma ampla”, explica o titular da Delegacia de Homicídios da capital, Rilmo Braga, que é um dos responsáveis pela área investigativa da força-tarefa.

Gerente de Operações Integradas, o delegado Daniel Adorni, que responde pela polícia judiciária na força-tarefa, defende que o projeto piloto vai trabalhar com metodologia e proposta diferentes. Além da integração de diversos setores, que vai da Guarda Municipal, bombeiros a Polícia Federal, a ideia é pensar na prevenção e não apenas na solução imediata de crimes isolados.

Adorni e Braga exemplificam mostrando um ponto vermelho com muita incidência de homicídios em um mapa grande de papel das regiões Noroeste e Oeste. “O que aconteceu aqui? É droga? É prostíbulo? Venda de produto roubado? Falta de iluminação elétrica? Tem alguma coisa para descobrir neste local, ao invés de só ir lá e buscar o corpo”, defende Adorni.

Da mesma maneira, segundo os dois delegados, o grupo está estudando os bairros e ruas dessas mesmas regiões onde não ocorrem crimes contra a vida e o patrimônio, para entender o que de positivo pode existir ali e que deve ser copiado.

Para sustentar esse trabalho investigativo, são usadas tecnologias que já existiam no Estado e outros da Polícia Federal, para monitorar criminosos, por exemplo. O recurso oferecido pelo Ministério da Justiça para a primeira etapa do projeto, R$ 4 milhões, deve ser usado para a compra de novos equipamentos.

Fatores sociais

Um grupo de pesquisadores do Instituto Federal Goiano (IFG) também está pesquisando as duas regiões. O resultado desse estudo vai gerar um relatório que deve embasar a segunda fase do projeto do governo federal, com a implementação de políticas públicas que ataquem fatores sociais que estimulam a criminalidade. Mais desafiadora, essa etapa, prevista para o ano que vem, requer mais recursos públicos.

Migração da criminalidade não é descartada

Por ser um projeto-piloto, a atuação da Força Nacional em duas regiões de Goiânia (Oeste e Noroeste) é uma maneira de experimentar e tornar o trabalho possível antes de aplicá-lo em uma área mais violenta e complexa. As duas regiões da capital são consideradas “quase pacificadas” pelo delegado Rilmo Braga, responsável pela parte investigativa da força-tarefa que vai trabalhar na capital até fevereiro.

No entanto, um dos efeitos de um maior policiamento ostensivo e investigativo nessas áreas pode ser a migração de criminosos para outras regiões de Goiânia. “Se começar a migração e houver a necessidade de também movimentação das forças estaduais e municipais, o próprio plano prevê a mobilidade. Então segue a mancha criminal”, explica o gerente de Operações Integradas, o delegado Daniel Adorni.

“Mancha criminal” é como ele se refere ao modelo que a Secretaria de Segurança trabalha em suas ações de planejamento, com a utilização de georreferenciamento para identificar os locais onde há mais incidência de crimes.

“Quando, eventualmente, houver essa migração já vamos estar preparados para isso e vamos agir da mesma forma”, reforma Braga. Além disso, os dois delegados lembram que as outras áreas da cidade vão continuar a funcionar com a mesma quantidade de policiais, sem redução.
Dos cem integrantes da Força Nacional que chegaram à capital semana passada, 24 são membros da polícia judiciária, sendo um perito, dois papiloscopistas, três escrivães, 17 agentes da Polícia Civil e um delegado.

A Força Nacional foi criada em 2004 e tinha o propósito inicial de ser acionada em casos mais graves para “conter atos que atentam contra a lei e a ordem e que perigam sair do controle das forças de segurança locais”.

No atual projeto, na área investigativa, ela será usada no combate às causas da criminalidade e não necessariamente na investigação de inquéritos antigos de homicídio. No entanto, a queda de assassinatos deve ser um resultado. “Nós estamos convencidos que essa operação integrada da força-tarefa vai inexoravelmente fazer com que haja menos homicídios”, afirma Braga.

Foto: Douglas Schinatto

Fonte: https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/regi%C3%B5es-oeste-e-noroeste-de-goi%C3%A2nia-s%C3%A3o-monitoradas-por-for%C3%A7a-tarefa-1.1877800



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Nascida de um ideal de aproximação da família policial, revivida de esforços coletivos e abnegada dedicação, criou-se a Associação da Polícia Civil…

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