Fundada em 06 de Janeiro de 1978

UGOPOCI

UNIÃO GOIANA DOS POLICIAIS CIVIS

Operação Negociata

O prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal (PP), e os outros oito presos na Operação Negociata, que apura fraudes em licitações da prefeitura e lavagem de dinheiro, tiveram a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias pelo Poder Judiciário, após um pedido do Ministério Público Estadual (MP-GO). Os suspeitos estão detidos no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

O G1 pediu um posicionamento para a assessoria de comunicação da Prefeitura de Caldas Novas nesta terça-feira (18) e aguarda retorno. No dia da operação, quinta-feira (13), o órgão informou à TV Anhanguera, por meio da assessoria jurídica, que Magal “se encontra à disposição da Justiça e que colaborará com as investigações coordenadas pelo MP-GO”.

Por telefone, nesta tarde, o advogado do prefeito, Caio Alcântara, não informou se pedirá a revogação da decisão. Anteriormente, ele disse à TV Anhanguera que “não há provas contra ele [prefeito] apresentadas nos autos”. Disse ainda que “os supostos atos a ele imputados são inverídicos e serão, sem dúvida, esclarecidos perante a Justiça”.

Os nove investigados estão presos desde quinta-feira, quando a operação foi realizada. Entre eles há servidores, um ex-secretário e empresários. Também foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão em Goiás e Minas Gerais.

Segundo o MP-GO, todos os suspeitos foram ouvidos e, devido às declarações deles, os promotores pediram ao Poder Judiciário que continuassem detidos, pois o prazo da prisão preventiva terminava nesta terça-feira e era necessário continuar com a coleta de provas. A decisão de estender a prisão foi tomada na noite de segunda-feira (17).

Participação do prefeito e fraudes

Magal foi eleito em 2012 e reeleito em 2016. A investigação começou há cerca de 2 anos e apura fraudes em pelo menos 10 licitações realizadas entre 2015 e 2017. De acordo com o MP-GO, empresas fantasmas chegaram a ganhar processos, que geraram pelo menos R$ 1 milhão de vantagem indevida.

“São várias licitações, cerca de dez, mas com as buscas, percebemos que outras também podem ter sido fraudadas. Só com uma planilha que a gente tem, levantamos que a vantagem indevida chega a R$ 1 milhão”, disse o promotor de Justiça Luís Guilherme Gimenes, coordenador da operação.

A investigação apontou que as licitações envolvem empresas que forneceriam matérias elétricos para iluminação pública, da área de informática e serviço de assessoria. O promotor Tiago Galindo, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-GO, ressalta que os estabelecimentos pertencem a pessoas ligadas ao prefeito.

“Havia um grupo que, comandado pelo Executivo, obviamente comandado pelo prefeito, que é o chefe do Executivo, direcionava algumas licitações para determinadas empresas e, algumas dessas empresas eram de pessoas ligadas ao prefeito”, afirma o promotor.

Trocas de favores e lavagem de dinheiro

De acordo com o MP-GO, alguns empresários se beneficiavam com a atuação ilícita dos agentes públicos e são investigados pelo pagamento de propina. Há indícios, por exemplo, de que o prefeito recebeu dinheiro de empresas do ramo do turismo, em 2015, para a expansão do perímetro urbano da cidade, favorecendo os empresários.

“Alguns grupos do setor do turismo beneficiados por ato do Poder Executivo fizeram elevadas doações de campanha para o prefeito, de forma documental, estamos apurando se também houve o famoso caixa 2”, disse Galindo.

Um dia após a prisão, Galindo explicou que não pode divulgar mais detalhes de como o grupo agia porque o procedimento está em sigilo.

Prisões e apreensão de dólares

A operação foi realizada pelo Gaeco, em parceria com as polícias Civil, Militar e Federal. Evandro Magal foi preso no Residencial Saint Paul, prédio em que mora com a família, em Caldas Novas. Ele e outros sete investigados foram detidos na manhã de quinta-feira e um deles, que estava foragido, se apresentou ao órgão à tarde.

Cinco das prisões foram feitas em Caldas Novas, duas em Goiânia e uma em Santa Vitória, cidade de Minas Gerais. Todos passaram pelo Instituto Médico Legal (IML) da capital e depois foram levados ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde seguem detidos.

Os promotores também encontraram durante a operação U$ 120 mil. O MP-GO não revelou a quem pertence a casa em que o dinheiro estava, mas a TV Anhanguera apurou que a quantia foi achada na casa de um empresário, em um condomínio de luxo em Goiânia.

Além das notas, a operação apreendeu um revólver de calibre 38, cheques e documentos em endereços de Goiânia, Caldas Novas, Morrinhos, Itumbiara, Aruanã e Aparecida de Goiânia. Entre os locais alvos da operação estão os prédios da Prefeitura de Caldas Novas e do Poupa Tempo, um centro de serviços para a população, e o gabinete de um vereador, que não teve a identidade revelada e não foi detido.

Na capital, policiais cumpriram mandados na sede nacional de uma empresa investigada, que fica no Setor Esplanada do Anicuns, na região norte da capital.

Fonte: G1 Goiás



A UGOPOCI

Nascida de um ideal de aproximação da família policial, revivida de esforços coletivos e abnegada dedicação, criou-se a Associação da Polícia Civil…

A UGOPOCI
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Nossos contatos
(62) 3225-4215
(62) 3225-4216
ugopoci@yahoo.com.br
End: Rua 66, nº 138, Centro – Goiânia – GO

2022 – UGOPOCI – CNPJ: 02.627.974/0001-25 – Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por Prime Tecnologias