O Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECCOR), da Polícia Civil, e a Superintendência de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Secretaria de Segurança Pública de Goiás deflagraram hoje (quinta-feira, 12) a Operação Mambaí. A investigação policial apontou indícios da existência de uma estrutura típica de organização criminosa, constituída na seara pública por servidores da antiga AGETOP (Agência Goiana de Transporte e Obras), atual GOINFRA (Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte), associados com membros de empresas privadas, em nítida divisão de tarefas direcionadas à estruturação e desvio de recursos das obras do aeródromo de Mambaí, no interior goiano, nos anos de 2014 a 2018.
Os indícios apontam que a atuação da organização criminosa resultou na apropriação do valor não atualizado de R$ 2.213.745,53 (dois milhões, setecentos e quarenta e cinco mil e cinquenta e três centavos), pagos a uma das empresas investigadas, que não executou a obra, após ordem de despesa realizada pela Presidência da antiga AGETOP.
A investigação apurou ainda que as obras do aeródromo de Mambaí iniciaram em local diferente do previsto no contrato administrativo, sem escritura pública, inclusive em parte do território do Estado da Bahia, perfazendo serviços medidos e pagos sem a respectiva execução (adiantamento de pagamentos) ou executados a menos (superfaturamento), conforme laudos de inspeção da atual administração da GOINFRA.
Os investigados, sete pessoas físicas e duas empresas, responderão pelos delitos de peculato, infrações penais próprias da Lei de Licitação, participação em organização criminosa e possível lavagem de capitais.
Fonte/foto: PCGO