A Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO) e a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) transferiram na manhã desta segunda-feira (17), oito líderes de facções que estavam presos em Goiás, para o Presídio Federal de Porto Velho. A operação, que teve início há mais de dois meses, levou em consideração o nível de periculosidade. O transporte foi realizado por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). As informações foram repassadas durante entrevista coletiva, no auditório da SSP-GO, em Goiânia.
Eles estavam detidos em Formosa, Anápolis no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Os presos de Formosa e de Anápolis foram todos trazidos para Aparecida, para que a transferência fosse possível. Entre os que foram transferidos está Sérgio Dantas da Silva Filho, identificado como um dos líderes do Comando Vermelho pela Operação Thanatos, em agosto passado.
Confira quem são os presos transferidos
Na foto, parte superior, da esquerda para direita:
Sérgio Dantas da Silva Filho – Indiciado em 15 inquéritos, responde pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo. Condenado a 24 anos e nove meses de prisão com previsão de término em 2033. Foi preso em outubro de 2016, pela Operação Livramento, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco). Em agosto de 2018, foi identificado pela Operação Thanatos, como um dos líderes do Comando Vermelho, em Goiás e seria responsável por determinar 21 mortes, em Goiânia, mesmo estando preso com movimentação bancária de mais de R$ 3 milhões.
Natir de Morais Junior – Indicado em quatro inquéritos, responde pelos crimes de homicídio, motim de presos e desobediência. Condenado a 41 anos e dois meses de prisão, com previsão de término em 2049. Integrante de organização criminosa em Aparecida de Goiânia, e considerado de extrema periculosidade.
José Constantino Júnior – Indiciado em nove inquéritos policiais, responde pelos crimes de homicídio, roubo, porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa e tráfico de drogas. Condenado a 31 anos e dois meses de prisão, com previsão de término da pena em 2045. Integrante de uma organização criminosa, é uma das lideranças negativas na Penitenciária Odenir Guimarães (POG). Em setembro de 2017 foi alvo de uma das três fases da Operação Descarrilamento desencadeada pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, oportunidade em que 14 pessoas foram presas por estarem diretamente envolvidas em 23 homicídios ocorridos em Goiânia a mando dele.
Carlos Alberto Lopes – Indiciado em três inquéritos policiais, responde pelos crimes de homicídio e roubo. Condenado a 94 anos e três meses de prisão com previsão de término da pena em 2084. É Integrante de Organização Criminosa, é considerado uma das principais lideranças negativas na Penitenciária Odenir Guimarães (POG).
Na foto, parte inferior, da esquerda para direita:
Renato Pereira do Nascimento – Indiciado em oito inquéritos policiais pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas, roubo, posse e porte ilegal de arma de fogo. Foi condenado a 23 anos e oito meses de prisão com previsão do término da pena em 2020. Integrante de Organização Criminosa, exerce liderança negativa na Penitenciária Odenir Guimarães (POG). Foi preso em 2016 no âmbito da Operação Primata desencadeada pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), durante a qual foram solucionados três homicídios praticados por Renato Pereira do Nascimento, bem como apreendidas armas de fogo, drogas e cerca de R$ 23 mil provenientes da comercialização de entorpecentes.
Heully Rios dos Santos – Indiciado em 10 inquéritos policiais pelos crimes de homicídios, roubos, tráfico de drogas, receptação e uso de documento falso. Foi condenado a 49 anos e seis meses de prisão com previsão de término da pena em 2065. É integrante de Organização Criminosa em Aparecida de Goiânia e considerado de extrema periculosidade.
Flávio Fernandes da Silva – Indiciado em oito inquéritos policiais pelos crimes de roubo, homicídio, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Foi condenado a 97 anos e sete meses de prisão com previsão de término da pena em 2099. Indivíduo extremamente perigoso que exerce liderança na Penitenciária Odenir Guimarães (POG).
Fernando Alves Mota – Indiciado em cinco inquéritos policiais pelos crimes de homicídios, roubos e tráfico de drogas. Foi condenado a 26 anos e quatro meses de prisão com previsão de término da pena em 2037. Integrante de Organização Criminosa, exerce liderança negativa na Penitenciária Odenir Guimarães (POG).
Fonte: O Popular