Segundo o delegado responsável pelo caso, Vander Coelho, o irmão mais velho decorou a senha do cofre onde a arma ficava guardada, no quarto dos pais, uma vez em que o pai mexeu no local. “O irmão que efetuou o disparo estava muito abalado durante o depoimento, mas imaginou que a arma estava descarregada para brincar”, relata o investigador.
Com a arma em mãos, a criança passou a brincar e efetuou o disparo acidentalmente no tórax do irmão mais novo.
De acordo com o delegado, o pai da criança alegou no depoimento que a arma está com a família há muitos anos e foi repassada por gerações anteriores, mas que não tem a documentação de posse. O artigo considerado de colecionador, um revólver calibre .32, de cinco balas, tem cerca de 100 anos de fabricação.
Foram ouvidos na Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH) de Anápolis, até o momento, a criança e o pai, responsável pela arma e que não estava em casa quando aconteceu o acidente.
O pai e a mãe foram chamados pela empregada e se apresentaram espontaneamente às autoridades policiais assim que chegaram ao local.
Em relação à guarda da arma, o pai disse em depoimento, segundo o delegado, acreditar que o revólver era mantido em local seguro e não sabia que o filho mais velho havia decorado a senha do cofre.
O menor terá a conduta apurada por ato infracional análogo ao crime de homicídio culposo e será divulgado apenas no final das investigações, segundo Vander Coelho, se ele será considerado responsável pela morte do irmão.
O corpo da criança está no Instituto Médico Legal para passar por exame de laudo cadavérico e ser liberado para o enterro.
Foto: Reprodução TV Anhanguera
Fonte: G1 Goiás