Servidores decidiram nesta quarta-feira (18) manter acampamento nas galerias da Assembleia Legislativa de Goiás. O objetivo da manifestação é acompanhar e impedir a aprovação em plenário de matérias que atingem diretamente a categoria, como a PEC da Reforma da Previdência e o projeto que altera o Estatuto e o Plano de Cargos e Vencimentos do Pessoal do Magistério Público Estadual da Educação Básica e da Educação Profissional, ambos aprovados hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a grade de um dos portões de acesso à arquibancada do plenário depredada. O autor do vídeo relata que o portão precisou ser arrombado para que os servidores pudessem permanecer nas galerias. Em outro momento, convoca mais servidores e pede doações de alimentos para que o grupo possa ter condições de permanecer no local.
Na terça-feira (17), os sindicatos dos servidores do Estado de Goiás convocaram todos os trabalhadores para uma mobilização contra a PEC da Previdência. Profissionais da educação, Polícia Civil e do Ministério Público, entre outras categorias, estão reunidos na Assembleia para tentar barrar as votações.
Questionado sobre o movimento ma Assembleia e sobre possíveis policiais goianos que teriam colocado o cargo à disposição caso as propostas sejam aprovadas, o governador Ronaldo Caiado disse na tarde desta quarta-feira (18) que a PEC não visa privilegiar uma categoria ou outra, e que a proposta é uma cópia da que foi aprovada no Congresso Nacional.
“A PEC que está sendo votada é a cópia da PEC que foi promulgada no âmbito do Congresso Nacional. Por isso, o que nós estamos fazendo lá é simplesmente aderindo à legislação federal. Eu não ouvi dizer de nenhum policial federal colocar o cargo à disposição. Então a regra que se tem para a Polícia Civil de Goiás é aquela que está exatamente na PEC do governo federal. Nós estamos aderindo 100%”, argumenta.
Caiado aproveitou para relembrar a redução dos incentivos fiscais para empresas no estado. ““É hora do gesto da goianidade, da solidariedade. O exemplo eu dou. Tenho coragem de cortar benefícios de empresários para poder mostrar que eu não tenho uma posição unilateral”, conclui.
Fonte: sagresonline.com.br
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