O advogado e marido da ciclista Cibelle de Paula Silveira, Eduardo de Oliveira Francisco, foi preso, na manhã desta segunda-feira (7), no apartamento onde mora no residencial Vilage Veneza, em Goiânia. Em seguida, encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde deve passar por exames e depois retornar para a Delegacia de Capturas na capital.

Em dezembro do ano passado, Eduardo foi condenado a 27 anos e 9 meses de prisão pela morte de Cibelle de Paula, de 33. A economiária foi assassinada em 2015 com um tiro na cabeça, enquanto pedalava na BR-060 em Abadia de Goiás. O advogado estava solto devido uma decisão judicial que permitia o regime aberto. No entanto, em nova decisão da Justiça de Goiás, foi determinado que ele vá para a prisão.

Eduardo foi condenado por homicídio triplamente qualificado e corrupção de menores de idade, por ter induzido, de acordo com a denúncia, um adolescente a providenciar a morte de Cibelle. Ele receberia R$ 30 mil para tirar a vida da mulher. Como o advogado ficou com a casa que pertencia a ele e a Cibelle, também foi estipulada a devolução de R$ 67,5 mil para a família da vítima.

O adolescente, de acordo com o processo, agiu com o apoio de dois adultos: Pedro Henrique Domingos de Jesus Félix, de 21 anos, responsável pelos disparos e Ronaldo da Silva Alves, que atirou pedras de cima de uma passarela contra Cibelle para que ela parasse. Pedro foi condenado a 22 anos e 5 meses de prisão, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado. Ronaldo foi absolvido pelo júri.

Reviravolta

Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio, mas as investigações mostraram que o marido teria sido o mandante do crime. Eduardo foi preso em seu apartamento, no Setor Celina Park, em setembro deste ano.

Quando foi atacada por dois homens no dia 30 de novembro de 2015, Cibelle pedalava na companhia do marido e de um amigo. De acordo com o processo, Pedro Henrique Domingos de Jesus Félix, que ocupava uma motocicleta, atirou na cabeça da ciclista. Um adolescente, em uma bicicleta, dava suporte à ação. No dia 2 de dezembro três pessoas foram presas e confessaram o crime.

A reviravolta ocorreu dois meses após o inquérito ter sido remetido ao Judiciário. O delegado responsável pelo caso, Thiago Martiniano recebeu o laudo cadavérico de Cibelle e percebeu lesões antigas no corpo da vítima. Pressionado, Pedro confessou ter sido contratado por Eduardo de Oliveira para matá-la. Conforme apurou o delegado, o relacionamento do casal era cheio de altos e baixos, com histórico de agressões. Cibelle tinha feito um seguro de vida que o marido recebeu após a morte dela. Ele também herdou os bens da mulher.

Foto: Facebook/reprodução

Fonte: Jornal O Popular

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